Rostos da Aldeia é uma plataforma onde se publicam histórias positivas de todos aqueles que contribuem para que o despovoamento não seja uma tendência inexorável, relatando os casos inspiradores de pessoas – novas e velhas – que lutam para o inverter.
Com o objetivo de valorizar os territórios de baixa densidade, as aldeias de Portugal são, pois, o ponto de partida para promover exemplos distintivos ligados à boa hospitalidade, à gastronomia de qualidade, às artes e ofícios, às tradições e à cultura popular.
Barcos | aldeia em destaque
A aldeia e suas gentes
Barcos, a aldeia que é uma família
Podia haver uma linha a dividir a freguesia de Barcos, entre a parte alta da aldeia, onde as casas são novas e grandes, e a parte de baixo, onde fica o centro histórico e reside uma população maioritariamente envelhecida. Mas a abertura de um Espaço do Cidadão atenuou essas linhas, e hoje a velha Aldeia Vinhateira de Barcos é um centro de convívio ao ar livre, onde se relatam memórias e se costuram afetos.
O que fazer em Barcos (guia prático)
Guia com tudo o que precisa saber para visitar Barcos, no concelho de Tabuaço (Viseu). Inclui o que fazer na aldeia – monumentos, quintas no Douro e passeios -, onde ficar hospedado e os melhores restaurantes.
Joana Guedes, a “menina da Junta”
Nasceu no Algarve, cresceu em Barcos, estudou até ao 12º ano em Tabuaço. O acaso levou-a a experimentar trabalhar na Junta de Freguesia de Barcos como funcionária administrativa. Está à frente do Espaço do Cidadão da freguesia, onde ajuda os habitantes mais idosos a resolver todo o tipo de problemas. E faz-lhes companhia quando é preciso.
Fernando Barradas, o presidente da Junta
Foi emigrante durante mais de 20 anos, em Israel e na Suíça. Casou com 17 anos, há 48. A mulher é o braço direito, e diz que os moradores da aldeia são a sua família. Ter criado um Espaço do Cidadão onde se presta todo o tipo de serviços aos mais idosos é um dos seus maiores orgulhos. Está a cumprir o último mandato que a lei permite como presidente da Junta de Freguesia de Barcos.
Alexandre Mouco, o artesão do estanho
Nasceu em São João da Pesqueira há 47 anos, mas já passou mais de metade da vida em Barcos, a aldeia a que chegou, por casamento, há 25. É trabalhador agrícola nas quintas da região, mas todos os tempos livres são dedicados ao artesanato em estanho, arte que descobriu por acaso e que o apaixona há 15 anos.
Bernardo Nápoles, o viticultor velejador
Nasceu e cresceu nas quintas do Douro, interessa-se pela agronomia desde os 14 anos. Está à frente de um projeto vitivinícola e turístico na Quinta do Monte Travesso, propriedade que está na sua família desde que foi comprada por um bisavô, um dos fundadores da Casa do Douro. E é um entusiasta da vela que acumulou medalhas na juventude e ainda alimenta o sonho de dar a volta ao mundo.
Maria da Conceição Valério, a cicerone
Refere-se a Barcos e à sua aldeia como “o buraquinho” de onde nunca quis sair. Com 70 anos de idade, diz que os diabetes lhe tiraram a visão e as dores nos pulsos quase não a deixam trabalhar. Mas é uma das mais ativas entre as moradoras no casco histórico da aldeia vinhateira de Barcos.
Outras aldeias de Portugal
Histórias sobre a vivência noutras aldeias de Portugal, locais com qualidade de vida e motivos de interesse regionais que os tornam únicos e atrativos. Para visitar ou até morar.