Com cerca de 700 habitantes, a vida económica desta freguesia do concelho de Alcanena está para o olival e para a azeitona como os muros de pedra seca, os marouços, as casinas e os algares estão para a natureza cársica desta serra que integra o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros: são unhas da mesma carne, grãos da mesma mó. São fios do mesmo azeite. Assim foi no passado, assim se deseja que seja no futuro: com o chamado ouro líquido a amparar-lhe o desenvolvimento.
Garibalde Faria está de enxada na mão. Tem 93 anos, já fez muita coisa na vida, já viveu muitas histórias, alegres e tristes. Mas há uma constante que se mantém, independentemente dos ciclos do ano e do humor com que acorda: no campo há sempre coisas para fazer.
Por isso há sempre razões para se levantar da cama, atravessar a rua, pegar no trator e ir fazer alguma coisa. Porque, repete, “há sempre muita coisa para fazer, muito com que se entreter”.
Das suas mãos calejadas já nasceram muitas batatas, cebolas, cenouras, abóboras… e já se fez muito azeite. Pode dizê-lo, porque se lembra bem das oliveiras que plantou (foram mais de uma centena), das azeitonas que colheu, e dos litros e litros de azeite (desses, já perdeu a conta) que trouxe da azenha para guardar nas tulhas que tinha em casa.
Desta vez está a aconchegar o terreno para uma abóbora que cresce à porta do armazém onde o filho, já falecido, organizava a vida agrícola. Garibalde foi lá dar de comer à gata que o filho deixou, e prepara-se para ir fazer uma nova ronda aos terrenos. Vai inventar outra coisa para fazer. Antes disso, vai mostrar algumas das oliveiras que plantou, num terreno que era do sogro.
Estamos em Serra de Santo António, município de Alcanena, e é impossível andar 500 metros sem vislumbrar uma oliveira. Na maioria, trata-se de plantações antigas, árvores dispersas, aparentemente desordenadas, muitas vezes em declives acentuados, um regime de sequeiro. Outra característica visível é que há muitas pequenas propriedades, as terras estão todas muradas, visto de cima quase se adivinha um labirinto.
“Aquela oliveira fui eu que a plantei no dia do meu casamento, a 22 de novembro de 1954”, aponta. “É azeitona lentrisca. Na minha opinião, a nossa melhor qualidade de azeitona”, diz Garibalde. E começa a contar como a enxertou num zambujo, como ela cresceu e se fez uma bela e produtiva oliveira.
Naquele pequeno pedaço de terra, aponta para as três que plantou nesse mês de novembro. Os meses de novembro eram os de maior azáfama e maior festa. A apanha da azeitona começava no dia de finados (2 de novembro) e prolongava-se até ao Natal. Nos lagares, a população juntava-se para levar a azeitona, ou para levantar o azeite. A azenha substituía o tasco – era lá que se assavam batatas, se partilhavam malgas de vinho, se contavam histórias.
A vida económica desta freguesia do concelho de Alcanena está para o olival e para a azeitona como os muros de pedra seca, os marouços, as casinas e os algares estão para a natureza cársica desta serra que integra o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros: são unhas da mesma carne, grãos da mesma mó. São fios do mesmo azeite.
Depois das muitas vidas que já viveu Garibalde, são as memórias que tem, o respeito pelo que recebeu dos antepassados e pelo que ajudou a construir que lhe amaciam os dias. Num curto passeio por alguns dos seus terrenos, espalhados pelo planalto onde pontua a aldeia de Serra de Santo António, Garibalde desfia um límpido rosário de histórias e de memórias de como aquela aldeia se construiu.
Havia, parece, pedra a mais e terra a menos. Mas os serranos não se fizeram rogados e à força da persistência, do engenho e do trabalho conquistaram à rudeza da serra e à generosidade da natureza aquilo de que precisavam. Seguraram a água das chuvas em pias, amontoaram as pedras em marouços para ganharem terreno para cultivar. E desses marouços tiraram as pedras para fazer os muros a delimitar os terrenos, e as casinas para abrigar pastores das intempéries ou os ranchos de apanhadores da azeitona na altura das colheitas.
Construíram, pois, uma aldeia cheia de muros e casinas, de marouços e de pias. “E a azeitona, e o azeite, era o que de mais importante nós aqui tínhamos. O azeite era importante para tudo”, recorda Garibalde Faria. Agora ainda é, mas vai sendo cada vez menos. Porque há menos quem queira amanhar as oliveiras, o rendimento não paga os dias que são necessários para as apanhar.
A apanha da azeitona faz-se no inverno, e não eram raras as vezes em que as chuvadas obrigavam a parar os trabalhos, e as casinas abrigavam os trabalhadores. Fazer as casinas era uma arte. Ou uma ciência. Augusto Faria, olivicultor, 82 anos, aponta para a casina que o avô dele mandou fazer, poucos anos antes dele nascer: “Pode chover dias e dias, e não entra aqui uma gota. E esta está aqui há mais de 80 anos”.
A casina foi construída por Francisco Palhinha, morador numa freguesia vizinha e de quem todos se lembram pela arte que punha nestas construções. Palhinha já faleceu, agora não há quem as faça. Mas ainda há quem faça muros de pedra seca. Até há quem decida fazer dessa construção modo de vida depois de se reformar de uma vida de mais de 40 anos a trabalhar numa fábrica.
É o caso de João Victor Ferreira. Tem 64 anos e anda a fazer companhia a Manuel Paixão Justo, de 74 anos. Todos os dias começam a trabalhar a partir das 8h00, e vão arranjar um muro antigo ou fazer uma frente de casa nova. “Gosto mesmo disto que ando aqui a fazer”, diz João Victor, consciente de que está a zelar para que uma tradição não se perca.
Os serranos estavam tão habituados a circular entre estes muros que não lhes davam o valor que estas construções merecem. “Foi preciso começar a dar alguma grandeza a este esforço feito pelos nossos antepassados para todos perceberem melhor do que estamos a falar”, diz Marlene Carvalho, natural de Serra de Santo António, vereadora na Câmara Municipal de Alcanena.
João Victor diz que, na jornada que faz com o seu companheiro Manuel Justo, consegue construir, por dia, três a quatro metros de muro. Contas feitas, a Câmara de Alcanena diz que, para construir todos os muros que existem na freguesia de Serra de Santo António, seria preciso a vida inteira de trabalho de um homem só – sendo que foi preciso esse homem chegar aos 80 anos.
Os “antigos” é que desenharam a freguesia a pulso, levantaram a pedra para nela verem terra, desbravaram o mato para ali fazerem um olival, construíram os muros para segurar as terras e as oliveiras, para impedir que os animais estragassem o tanto que lhes custou construir. Assim o dizem Garibalde Faria, de 93 anos, Augusto Faria, de 82. E assim o diz Luís Ferreira, de 82 anos, que começou a trabalhar nos lagares de azeite aos 16, e foi mestre lagareiro bem mais de 40 anos.
Luís Ferreira, ou o Ti Luís do João da Branca, como é conhecido na aldeia, lembra-se de haver cinco lagares ativos na Serra de Santo António. E agora não há nenhum – é preciso ir a uma freguesia vizinha fazer o azeite. Os antigos trabalharam muito. A geração de Garibalde, de Augusto, de Luís trabalhou muito. A geração atual continua a trabalhar. Mas agora, “tudo é diferente”.
Em números redondos, a freguesia da Serra de Santo António tem atualmente 800 hectares, 800 vacas e pouco mais de 700 habitantes. E cem oliveiras por cada hectare, contabiliza Eurico Justo, atual presidente da Junta de Freguesia. Há muito menos pessoas a viver em exclusivo da agricultura e do olival, a maior parte tem outras atividades, algumas até fora da freguesia (beneficiando das boas acessibilidades, e da proximidade da A1 e da A23).
À hora de almoço são sobretudo as mulheres que enchem o Serra Café, localizado bem no centro, junto à igreja da freguesia. É um café que fecha ao sábado, que é dia da dona do estabelecimento aproveitar a presença dos filhos que não têm escola. Mas às 17h00, a hora da despega, seja à semana, seja ao sábado, é ver os homens a chegar ao Café Agostinho. Também por lá há muitas mulheres. Afinal, o café tem um supermercado acoplado, o sítio onde, na freguesia, se pode comprar desde a fralda do bebé, à comida do gato. “Há o café do Agostinho e a loja da Liete. Mas o dono é todo o mesmo”, diz Patrícia, a funcionária.
Antes, todos viviam da agricultura e pastorícia e o azeite era a produção mais importante. “O meu pai, que tinha a casa cheia de filhos, esperava pela altura do azeite para ir pagar o rol que deixava na mercearia ao longo do ano”, conta Ti Luís. Antes, “não ficava uma azeitona na árvore, todas produziam, cada bago contava”. Todos tinham olival, muitos tinham cabras que andavam nos campos a ajudar a manter os terrenos limpos. Agora, muitas oliveiras estão abandonadas, porque o litro de azeite não compensa o trabalho de as amanhar. Em vez de cabras, andam vacas no pasto. E onde não há vacas, há mato.
Orlando Elias e Artur Elias são dois dos cinco maiores produtores de azeite e de gado em Serra de Santo António. E são dos que não conseguem dar vazão a apanhar toda a azeitona que têm no olival. Orlando Elias, o mais novo, e o que desistiu de uma carreira na construção civil no estrangeiro para se dedicar à produção agrícola, descobriu no gado uma das boas razões porque gosta de se levantar cedo da cama. A outra coisa de que gosta, muito, é de descer às cavidades que há na serra, e descobrir grutas que ainda não foram exploradas.
Orlando Elias, o Russo, como todos lhe chamam, diz que também gostava de tratar o olival como faziam os antigos, mas garante não ter condições para isso. Por exemplo, não sobe às árvores para as podar ramo a ramo, de forma a produzirem todos os anos. Antes, usa a máquina para as limpar logo a seguir a darem azeitona, de forma a que não produzam nos próximos três anos. “Assim, as vacas também não chegam aos ramos, e as azeitonas não ficam a apodrecer nas árvores e a secar as oliveiras”, justifica.
Os irmãos Elias arranjaram uma fórmula de continuarem a produzir o azeite suficiente para os gastos sem que tenham de usar produtos químicos para tratar as oliveiras. “Não vou vender aos outros aquilo que não queria comprar para mim. Quando digo que faço azeite biológico, é azeite biológico mesmo”, garante.
As suas vacas alimentam-se em exclusivo dos campos e do ramo das oliveiras, perpetuando o círculo virtuoso que permite haver azeitonas nas árvores, carne na mesa, e campos limpos e livres de incêndios. Orlando está feliz com a vida que tem e isso nota-se no sorriso rasgado e na simpatia dos gestos. “Gosto muito de andar de mota, já viajei por muitos países, já vi muita coisa. E acho que não há lugar no mundo mais bonito do que a nossa aldeia”, assevera.
Outros podem ter diferente opinião, mas Orlando tem já uma certeza: “Não há outra aldeia em que se possa dizer que tem um algar nas traseiras do quintal. E esta serra é como um queijo suíço lá em baixo. Só buracos. Adoro isto!”.
Augusto Faria, que gosta de ter o seu olival bem cuidado e bem tratado, preferiu vender as terras do que não as conseguir amanhar do modo que sabe e que gosta. “Preferi vender os terrenos, não suportava pensar que não os conseguia cuidar. Se os outros não os cuidarem, pelo menos eu não vivo com essa culpa”, explica.
Augusto é daqueles que faz tudo com esmero e zelo. Se fosse preciso, até varria o olival. Mas apanha as ervas daninhas, limpa as oliveiras, organiza as lenhas. Todos os anos as suas oliveiras dão azeite. “Olivais tradicionais há muitos”, diz Augusto, desvalorizando o seu esforço em mantê-lo para sublinhar, porventura, a qualidade do clima e do solo: “Temos o privilégio de ter aqui um dos melhores azeites de Portugal, segundo dizem os entendidos”, anuncia.
Óscar Pires nem precisa de puxar por esse tipo de galões para falar da terra onde nasceu, cresceu e vive. Mas só porque acha que além da qualidade do azeite há “muitos aspetos positivos, genuínos, diferenciados” que ainda é possível vivenciar em Serra de Santo António. Óscar não tem propriamente registada uma empresa de atividades turísticas, mas a verdade é que já organizou muitas no seu concelho e na sua aldeia.
Com 51 anos de idade e quase dois cursos concluídos (tem o de Engenharia Agronómica e faltam-lhe duas cadeiras para terminar o de Biologia), a verdade é que usa os conhecimentos que adquiriu nesses cursos e a paixão que sempre devotou à sua aldeia para organizar eventos turísticos ou guiar percursos interpretativos.
É por isso que iniciativas como aquela que as câmaras de Alcanena e de Torres Novas estão a desenvolver na região – o projeto Ouro Líquido – assumem reconhecida importância na salvaguarda económica dos produtores desta região. Pelo menos, assim já o consideram Fernanda Silva e as filhas, Carolina e Júlia Guiomar.
Elas são a nova geração do azeite. São descendentes de um dos grandes produtores de azeite da aldeia, o único que possuía um lagar de varas em toda a região. Mas lutaram com todas as dificuldades económicas que a agricultura e a pecuária enfrentaram nas últimas décadas – Fernanda chegou a tentar manter uma produção de leite em plena área protegida do Parque das Serras de Aire e Candeeiros.
Agora, com o apoio e o entusiasmo das filhas, começa a acreditar que o azeite pode ser o denominador comum de um projeto empresarial e turístico que permita o envolvimento das três. Não apenas porque querem manter o negócio do avô e a tradição da família, mas também porque percebem o potencial económico do produto que ali querem continuar a produzir.
Fernanda nunca saiu de Serra de Santo António. Carolina e Júlia saíram para estudar, estão preparadas para terem profissões distintas. Mas perceberam que pode ser na aldeia, na mesma aldeia em que a mãe nasceu, que podem construir um negócio de futuro. “Uma mãe só pode ficar feliz ao ouvir isto”, afirma.
Luís Melo foi o consultor contratado pelo projeto Ouro Líquido para fazer o diagnóstico e desenhar uma estratégia que potencie o desenvolvimento económico e turístico dos dois concelhos. Melo não nasceu na Serra, mas conhece-a bem. É neto de um dos seus ilustres, o multifacetado Francisco Serra Frazão. Foi professor, jornalista, autarca, administrador colonial, investigador. E foi, sobretudo, um “fino observador da realidade” e um talentoso cronista que se correspondeu amiúde com o filólogo e etnógrafo Leite de Vasconcelos.
Foi Serra Frazão quem escreveu em 1938, na revista Lusitana: “Onde houvesse um espaço entre dois penedos, uma vaga fenda entre duas lajes, uma minúscula talisca entre duas rochas, conseguem espetar um tronco de oliveira, amparando-o com esteios de pedra de modo que o vento lho não abane, nem as cabras lhe roam os gomos, para terem, passados anos, mais uma oliveira a dar azeitona de que se faz o mais fino azeite da terra portuguesa”.
E foi, 85 anos depois da publicação destas palavras, que o neto Luís Melo aceitou o desafio de, em conjunto com mais de 80 entidades dos dois concelhos, desenhar uma estratégia que permita cuidar do olival, valorizar o azeite e potenciar o olivoturismo.
Esta será uma forma de recuperar o olival tradicional que por agora está abandonado – mesmo que a aldeia nunca tenha abandonado as suas tradições relacionadas com o azeite. Para já, a estratégia ainda está a acabar de ser desenhada, para depois então ser levada ao terreno.
A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima, e há tradições que as várias gerações conseguiram impedir que acabassem por desaparecer. Como a tradição dos moradores de cada casal (as pequenas povoações dentro da freguesia) se juntarem para enfeitar um andor com bolos de azeite que vão ser leiloados para ajudar a comissão de festas em honra do padroeiro.
A Serra é de Santo António e não é por acaso: nos santos populares a festa é rija, e as fogueiras para saltar faziam-se altas. Agora nem tanto, que a prevenção de incêndios assim o exige. Mas a festa faz-se à mesma.
No casal da Bajouco são “as Belmiras” quem tratam de quase tudo. Vivem junto a uma das mais curiosas pias de toda a freguesia – as pias são os reservatórios de água que os antigos fizeram à mão, para recolher as águas das chuvas. As vizinhas Belmira Paixão e Belmira Pires, e a filha Nélia Pires Santos, juntam-se na casa de uma delas para bater a massa dos bolos de azeite e os levar ao forno a lenha.
Na casa da outra, recortam-se os enfeites de papel que vão decorar o pequeno altar-andor onde estarão todas as oferendas da freguesia. A fé nos santos populares é tão sólida quanto antiga. “Sempre ouvi a minha avó dizer: no dia de São Pedro vai ver o teu arvoredo. Se vires um bago, conta com um saco”, explica Belmira Pires.
A fé parece inalterável, mesmo que as alterações climáticas tenham vindo a trocar tudo. Orlando Elias lembra-se de um ano em que já havia azeitona pronta a apanhar em setembro. Mas na Serra de Santo António todos querem que as oliveiras continuem a dar o seu azeite. “É mesmo um dos melhores do mundo”, insiste Augusto Faria.
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Gosta de vacas, gosta de motos, gosta de grutas. Orlando Elias, 53 anos, é pastor e agricultor, sabe que precisa dos animais para continuar a ter o olival bem tratado, e é da carne e do azeite que garante o seu sustento económico. Não quer ser rico, quer ter tempo. E saúde para continuar a apreciar o horizonte e descobrir novas grutas.
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A mãe, Fernanda, nunca quis ir para mais lado nenhum. Nasceu num berço de agricultura e agricultora quis continuar. A filha, Júlia, ainda pensou noutros voos, estudou fora, tirou um curso na área da Audiologia. Mas, afinal, é na Serra que quer estar, e vê no turismo uma alternativa que ajudará a viabilizar o território, dando-lhe valor. Com o turismo e o azeite no centro de tudo.
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Tem 80 anos e um notável zelo em cuidar das suas oliveiras, da sua horta, dos seus terrenos, do seu quintal. Foi sempre assim, mesmo quando tinha mais áreas para tratar e cabeças de gado à sua responsabilidade. Diz que fazer as coisas bem feitas não tem segredo nenhum: só é preciso gosto e boa vontade. Agora, que a idade não deixa nem o corpo permite, preferiu vender algumas terras do que ter a responsabilidade de não tratar dos terrenos como gostaria. Tem orgulho em fazer um dos melhores azeites do país.
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