Advogada de profissão, é por ser profissional independente que admite ter mais tempo para fazer uma das coisas de que mais gosta: garantir coesão e continuidade a um grupo que nasceu de forma informal, as Fiadeiras do Soajo. À conta delas, ganhou o gosto por colecionar tradições e proximidade, e ajudou a fundar uma associação que pretende ser uma espécie de guardiã da tradição oral da freguesia do Soajo. Eis o seu testemunho.
“É urgente avançar para a recolha e gravação da tradição oral”
Chamo-me Sandra Barreira, nasci aqui no Soajo. Os meus pais abriram o restaurante Videira, que, inicialmente, também era café, onde fui criada, no meio dos clientes e com a ajuda das empregadas. E quando não estava ali, estava com a minha avó e com as minhas tias-avós. Era a elas que eu ouvia a cantar em casa ou no campo, durante os trabalhos, e quando se juntavam amigas e vizinhas à volta do borralho, ao cair do dia. Essa é uma memória muito forte, a dos momentos ao borralho, nos dias frios e chuvosos. O tempo não passava e a luz era pouca. E lá estavam elas a cantarolar, entre conversas, estórias e desabafos, enquanto debulhavam espigas, cosiam ou faziam meia, as mãos nunca paravam. A minha mãe também estava muitas vezes a cantarolar, enquanto cozinhava, no restaurante.
E depois, a Palmira! A Palmira é uma figura, no melhor dos sentidos. Trabalhava muitas vezes com os meus pais, às vezes, no restaurante, a encher chouriças, descascar batatas, outras vezes, no campo, e não havia dia em que não cantasse. Talvez seja dessa infância que me vem este gosto, e esta vontade de recolher o cancioneiro, as lengalengas, quadras e todas aquelas coisas engraçadas que as ouvia dizer.
Aos 10 anos fui estudar para Braga, para um colégio interno. Não foi uma experiência incrível, mas também não me vim embora, e aprendi muito. Quando cheguei ao secundário e comecei a pensar na faculdade, decidi que queria ir para Direito. Ao contrário do que seria expectável, o meu pai não ficou muito entusiasmado, pensava de outra forma e valorizava muito a experiência e o conhecimento. Talvez pela vida que levou – ele saiu aos 10 anos do Soajo com destino a Setúbal, onde o meu avô era padeiro, para estudar na Escola Comercial. Mas ficou órfão de pai aos 13 anos, por isso, teve de se fazer à vida e começou a trabalhar na padaria, acolhido pelos amigos do meu avô. Não estava mal, mas vivia em plena ditadura e não queria ir para a tropa, por isso, fugiu para França, aos 17 anos, e alguns anos depois foi para o Canadá, onde fez vida em Montreal, teve um restaurante e um táxi. Voltou logo depois do 25 de Abril.
Sandra Barreira
Acho que cantar teve um impacto muito positivo nestas mulheres.
Imagino que lhe fosse difícil ver-me a tomar uma decisão por exclusão de partes e tentou demover-me da ideia de ir para Direito, dizia que não tinha muito a ver comigo. “Não, Direito não. Tu não foste talhada para isso”. E acabou por me convencer a fazer um ano de “paragem”, para ver se percebia melhor o que queria. Acabei por aceder e fiz o primeiro ano do curso de Filosofia. Mas, teimosa, tinha de levar a minha avante, e, no fim do primeiro ano, mudei para Direito, na Católica, no Porto. Foi um calvário, andei bastante desencontrada, não me identificava, mas lá acabei o curso. Hoje reconheço que o meu pai tinha a sua razão.
Não é que não esteja satisfeita, porque, entretanto, tudo se foi encaixando. Mas foi custoso. Acabei o curso e apanhei com a crise em cheio, por isso, não tive muitas hipóteses, comecei a trilhar o meu caminho. Isto tudo, sempre com o restaurante em paralelo, onde tinha de trabalhar todos os fins de semana e férias, para ajudar os meus pais. Foi outro curso.
Atualmente, vivo no Porto, onde tenho um escritório com duas amigas da faculdade e o facto de ser profissional liberal permite-me gerir tempo e horários de forma a manter esta ligação ao Soajo, que é tão importante para mim.
Faço parte das Fiadeiras do Soajo, onde acabo por assumir o papel de organizadora do grupo, mais do que o papel de cantar ou fiar. Um dia talvez, mas ainda não tenho essa confiança. E acho sempre que a minha voz destoa.
O grupo das Fiadeiras do Soajo foi criado em outubro de 2017, depois de um desafio lançado pelo Tiago Pereira, da Música Portuguesa a Gostar Dela Própria para fazer um fiadeiro no Teatro Nacional Dona Maria II. Isto porque o Tiago veio a Soajo algumas vezes gravar, como ele faz tão bem, e as mulheres acabavam por lhe falar sempre no “sarão do fiadeiro”. Como não lhe era familiar, interessou-se, e lá se fez o fiadeiro na Casa do Povo, o que já não acontecia há alguns anos. Infelizmente, o Tiago não conseguiu estar presente, mas a ideia estava plantada.
As fiadeiras, enquanto grupo formal, não existiam. O que existia eram mulheres que gostavam de cantar, umas fiavam, outras faziam a meia, outras carpeavam ou faziam outros trabalhos à volta da lã. Havia quem fiasse de outra forma, a minha mãe, por exemplo, tinha uma roca de fiar que era da minha avó, muito usada na zona de Vieira do Minho. Mas este fiar mais manual com a roca e o fuso é o tradicional de Soajo, eram objetos mais simples, os recursos não eram muitos.
Por outro lado, os fiadeiros quando aconteciam na Casa do Povo acabavam por ter associados outros momentos de convívio. Por um lado, juntavam mais pessoas, por outro lado, os homens acabavam por aparecer, mais tarde, com as suas concertinas e castanholas, para fazerem a dança. Mas é verdade que esta tradição estava um pouco em vias de extinção a par do próprio fiar, que já é uma arte que poucas sabem.
Tínhamos um contexto propício para fazer alguma coisa e o interesse do Tiago foi fundamental para nos pôr a mexer.
Mas foi tudo um pouco por acaso e o caminho até formar o grupo ainda foi longo. Já conhecia o trabalho do Tiago Pereira e já me tinha ocorrido mandar-lhe uma mensagem a dizer “Olhe, tem aqui umas pessoas que se calhar vai gostar de gravar”. Mas antes de o concretizar, alguém o trouxe e falou ao Tiago destas mulheres do Soajo que se juntavam espontaneamente. E o Tiago entrou em contacto comigo, em 2016. Veio aqui gravar umas duas ou três vezes. Eram gravações espontâneas. Ele avisava quando vinha e eu tentava juntar meia dúzia de mulheres para cantarem para ele.
A Ti Ana, a Ti Afonsa, a Ti Maria Rana, a Palmira… estão todas gravadas e algumas até é possível ver na plataforma online. Algumas gravações aconteceram no restaurante. Foi muito giro! E ainda conseguimos juntar um grupo de homens para cantarem as cruzes e ele registar.
Mas bem, como não conseguiu vir ao fiadeiro que organizámos, em setembro de 2017, ligou-me a convidar para fazer uma reprodução do Fiadeiro lá, em Lisboa, no Teatro Dona Maria II. Fiquei tão contente que comecei logo a andar por aí a perguntar às mulheres que achava que podiam integrar um grupo. Lembro-me que era altura de eleições, algumas pensaram que tinha alguma coisa a ver com isso, porque também estava numa lista para a Junta. Mas não! Quem quis participar, naquela altura, foi quem ficou a constar do grupo para ir cantar à capital.
Lembro-me que havia uma certa excitação, pareceu-nos assim, uma coisa importante, mas a organização foi muito natural. Fizemos um levantamento de músicas, de quadras e de cantigas e a partir daí trabalhámos tudo, selecionámos as quadras para cada música, decidimos se faríamos solos ou não, quem cantava os solos, quem cantava por cima, ou quem “bota por cima”, como se diz aqui.
Andámos em ensaios durante alguns meses e em março de 2018 lá fomos nós, todas vaidosas, para a capital. E foi tão incrível o espetáculo lá dentro como cá fora. Porque não só cantámos no teatro como também acabámos a cantar na rua. Ainda me emociono quando vejo os vídeos. Foi um momento que nos deixou orgulhosas por tudo aquilo que representava e pelo que também estávamos ali a representar. Foi tão bonito e tão gratificante que o grupo nunca mais se desfez.
O efeito dessa atuação em Lisboa sentiu-se durante algum tempo. Elas ficaram muito orgulhosas – o que aqui não é muito fácil, quase não é permitido. Este é um meio difícil, árido… tudo aqui se sente muito na pele. E a mulher sofre muito, é como se fosse a sua condição, portanto, quando é tão elogiada, tão valorizada e lhe dizem que está a fazer tudo tão bem… nem sabem bem como lidar, não estão habituadas.
Este grupo tem mulheres de uma faixa etária já avançada. Na altura ainda tínhamos entre nós a Ti Ana, não posso deixar de falar nela, que foi a nossa grande mentora na organização do Cancioneiro. Era de uma generosidade sem igual. Tinha 91 anos e estava sempre disponível. “É para ir onde? Vou, minha filha, vou”. A dada altura, das últimas vezes que atuou, já se notava que a memória lhe falhava, mas dizia sempre que sim. E bastava começar a cantar para não se notar nada, saía tudo direitinho.
É a parte difícil destes grupos, lutamos contra o tempo. Já perdemos a Ti Ana e a Ti Fátima, que era a mentora do fiar. Se sei fiar alguma coisa, aprendi com ela. E a componente do fiar aqui não é descurada. Nunca abrimos mão dessa componente visual, quase teatral, porque sempre achámos que era importante. Porque o “sarão”, como aqui se diz, era esse momento em que as mulheres se juntavam, sobretudo no inverno. Muitas vezes, em casa de uma, juntavam-se duas ou três, ao borralho. Outras vezes, era na Casa do Povo, e nessa altura animava de outra forma, também pela presença masculina.
Diz a cantiga do “sarão”, “entrai olhinhos entrai, por esse sarão adentro…”. Era o sinal para os homens entrarem e fazerem a dança. Era a animação que havia na altura! Os invernos eram duros e as mulheres desde cedo levavam uma vida de viúvas ou de luto, sempre com muita carga em cima, literalmente, também, porque andavam sempre carregadas com feixes ou com cestos à cabeça. Eram elas a cuidar da casa, dos filhos, das terras, dos animais. Este cantar reflete todas essas vivências, e nós queremos tentar reproduzir sempre um bocadinho isso, para não deixar esquecer.
Acho que cantar teve um impacto muito positivo nestas mulheres. Parece quase um clichê, mas o impacto foi sobretudo na autoestima, o facto de elas se sentirem valorizadas por fazerem uma coisa que nunca foi muito reconhecida. Acredito nisto.
Era normal ver as pessoas a cantar no campo. As mulheres cantavam no campo, cantavam quando levavam o gado ou as cabras para o monte ou para pastar, cantavam nos sarões, nas desfolhadas, nas vindimas, no maio e no São João. Desafiavam-se umas às outras a cantar, às vezes, até do Soajo para os lugares, como Cunhas. Mas o cantar propriamente dito, como ato isolado não era valorizado, não havia esse espaço. Cantar era nos Ranchos, nas Rusgas ou a acompanhar as concertinas.
Só quando começaram a ver que as pessoas de fora se interessam e vêm aqui para ouvir, para fotografar, para gravar, para filmar e para saber mais é que começou a notar-se um certo reconhecimento, ainda que não seja generalizado. Mas é normal.
Além das Fiadeiras, há um outro grupo a enaltecer a mulher Soajeira e os cantares, que fizeram um percurso mais ou menos paralelo – que é o grupo das Cantadeiras. As Cantadeiras formaram-se na sequência de um convite da Câmara para gravarem um CD.
Ambos os grupos, das fiadeiras e das cantadeiras, são convidados para atuar nas festividades e nos eventos de maior relevo, em Soajo, e essas são as atuações mais difíceis. Ficamos muito mais nervosas. “Pelo menos vamos fazendo alguma coisa”, “cantamos como sabemos e tentamos fazer o melhor que podemos” – ouço-as dizer, um pouco para disfarçar o receio de que corra mal. Mas é difícil bastar-nos com isso, não é? Porque o reconhecimento dos nossos pares é o mais importante. E é onde nos vamos sentir mais validadas e valorizadas, porque sabem o que isto é, de onde é que isto vem, por isso quando eles vêm ter connosco e nos dizem “ai! foi tão bonito!” ou “até me arrepiei!”, ficamos muito contentes, claro.
O meu papel no grupo também é esse, lembrar-lhes o quão importante é o que fazem e como o fazem. Claro que há o resto que é necessário fazer para manter o grupo tranquilo e em funcionamento. Não é um grupo que tenha uma agenda incrível de espetáculos, não é nada disso, nem faria sentido. Vamos tendo algumas apresentações, associadas a alguns eventos do município, da junta de freguesia, das festas, das associações locais, e depois uma outra situação mais particular em que somos convidadas a participar, ou em que nos querem gravar ou fotografar. É um grupo muito fotogénico!
Sandra Barreira
O meu papel no grupo também é esse, lembrar-lhes o quão importante é o que fazem e como o fazem.
Foi o que aconteceu com a participação no CD das Polifonias do Alto Minho, em que as Fiadeiras participaram com três cantigas, numa recolha feita no âmbito de um projeto coordenado pelo Rafael dos Mão Morta, em 2020 – Minho In. Posteriormente, fomos contactadas para participar numa peça musical criada pelos Mão Morta, a convite da Câmara Municipal, que se socorreu de vários elementos para essa composição, incluindo o CD das Cantadeiras. A apresentação do espetáculo acabou prejudicada pela pandemia. Foi sendo adiada uma e outra vez, até que se fez a apresentação, nas festas do Soajo, em agosto de 2022, sem ensaios, nem nada. Claro que foi uma experiência incrível e completamente fora da zona de conforto para as minhas mulheres e para mim, fã dos Mão Morta! O resultado foi muito interessante, mas ficarei sempre com a sensação de que podia ter sido ainda melhor.
Atualmente, Soajo tem dois grupos, as Cantadeiras e as Fiadeiras, que têm alguns elementos comuns, mas têm uma abordagem diferente quer na apresentação, quer na constituição, quer nas opções do grupo e atuação. As Cantadeiras, por exemplo, além de terem elementos masculinos, também têm acompanhamento de concertina e de castanholas, o que acaba por resultar num trabalho um pouco distinto.
Apesar das diferenças, e divergências, claro!, a dada altura fez sentido juntar os dois grupos numa única associação, para que as nossas atividades possam ir um pouco mais além e para sermos apoiadas. Mesmo em associação, é importante, enquanto for possível que os grupos mantenham a sua independência e identidade, entreajudando-se sempre que for necessário.
Preparámos esse terreno e no dia 8 de março de 2024, com o conhecimento e concordância de todos os elementos dos grupos, a Elisabete Barbosa (das Cantadeiras) e eu, criámos a associação EN(CANTAR) SOAJO – Associação Cultural das Cantadeiras e das Fiadeiras de Soajo.
Ainda está a arrancar, mas a ideia é que a associação funcione como um todo nas atividades que levar a cabo e nos projetos para recolha e arquivo. Temos objetivos bastante ambiciosos nesse aspeto, mas, lá está, é uma luta contra o tempo e não há muitas pessoas disponíveis para fazer esse trabalho. Os lugares da freguesia estão a ficar desertos e sem gente não temos tradição oral, por isso, é urgente avançar para a recolha e a gravação.
Pessoalmente, gostava muito que a Associação conseguisse ter esse papel, uma espécie de guardiã da tradição oral da freguesia do Soajo. E que conseguisse envolver as pessoas mais novas, porque de outra forma não há uma verdadeira transmissão do conhecimento e das tradições. Por isso, só espero que não me falte tempo para continuar a dedicar-me a estas coisas, que me preenchem tanto, e para aprender a cantar com as minhas mulheres.
Acho que hoje o meu pai concordaria que Direito não foi, afinal, uma má opção, pela liberdade que me dá e pelo espaço que deixa livre para estes interesses.
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