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Home/Viseu/Ucanha/O que fazer em Ucanha (guia prático)
Vista aérea de Ucanha

O que fazer em Ucanha (guia prático)

Guia com tudo o que precisa saber para visitar Ucanha, no concelho de Tarouca, distrito de Viseu. Inclui o que fazer na aldeia – monumentos, mosteiros e passeios -, onde ficar hospedado, mapas e contactos úteis.

Ucanha, Tarouca
Rua em Ucanha, concelho de Tarouca ©Filipe Morato Gomes
Conteúdo do artigo esconder
1 O que fazer em Ucanha
1.1 Subir à Torre de Ucanha
1.2 Visitar as Caves da Murganheira
1.3 Conhecer as ruínas da Abadia Velha
1.4 Visitar o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas
1.5 Conhecer o Convento de Santo António de Ferreirim
1.6 Visitar o Mosteiro de São João de Tarouca
1.7 Dar um mergulho na praia fluvial de Ucanha
1.8 Provar milhos no pote
1.9 Conhecer os produtos regionais na Enoteca Tasquinha do Matias
2 Gastronomia e onde comer
3 Onde ficar em Ucanha
3.1 Quantos dias dormir na aldeia
4 Seguro de viagem
5 Mais sobre Ucanha
5.1 Ucanha, a aldeia do vale encantado
5.2 Flávio Veloso, o guardião da torre
5.3 Marta Lourenço, a enóloga
5.4 Filomena Matias, a cozinheira
5.5 Luísa Gouveia, a produtora de sabugueiro

O que fazer em Ucanha

Subir à Torre de Ucanha

Torre da Ucanha
Vista da ponte e da torre que dominam a paisagem de Ucanha ©Filipe Morato Gomes

Ex-líbris maior da aldeia de Ucanha, a sua ponte fortificada sobre o rio Varosa tem a particularidade de ter uma torre associada. Servia como “forma de proteção e de controlo de pessoas e bens”, uma vez que tinha por função primordial a cobrança de portagem a todos os que pretendiam atravessar o rio.

Num mundo feudal, em que as passagens sobre os rios eram poucas, a cobrança de portagem constituía um rendimento adicional (em alguns casos de extrema importância), e é precisamente à luz desse imposto que se deve entender a existência desta torre. Implanta-se do lado do mosteiro de Tarouca e é de planta quadrangular com três pisos, dispondo de dispositivos militares nas quatro faces, concretamente balcões de matacães axiais ao nível do derradeiro andar, complementados por escassas seteiras.

in site oficial do projeto Vale do Varosa

Reza a história que houve várias tentativas posteriores para isentar grupos de moradores do pagamento de portagem, pretensão nunca acolhida pelos monges de Salzedas.

Foi só no início do século XVI que o pagamento de portagem foi extinto, momento a partir do qual “o tabuleiro continuou a ser o meio privilegiado de passagem na zona, mas a torre entrou em decadência, permanecendo apenas como armazém de produtos”.

Hoje em dia, a Torre da Ucanha está praticamente despida por dentro, albergando uma exposição de fotografia e pouco mais; mas, ainda assim, vale muito a pena fazer uma visita guiada com o jovem entusiasta Flávio Veloso e beber do seu conhecimento histórico sobre a estrutura.

Visitar as Caves da Murganheira

Caves da Murganheira
As belíssimas caves da Murganheira, em Ucanha ©Filipe Morato Gomes

Mesmo para os não apreciadores de vinhos espumantes, visitar as caves da Murganheira é uma experiência magnífica. São centenas de milhares de garrafas que repousam no frio húmido das caves de pedra, proporcionando um espetáculo visual maravilhoso.

Além disso, a visita permite conhecer – e compreender! – o processo vínico da produção do espumante Murganheira, pelo que é uma atividade que recomendo vivamente durante a estada em Ucanha.

As terras férteis do vale do Varosa são o berço dos vinhos e espumantes Murganheira, desde sempre associados aos mais altos padrões de qualidade.

in Site oficial da Murganheira

As visitas guiadas às caves Murganheira duram sensivelmente 30 minutos e têm lugar de terça-feira a sábado, com início às 09:30, 10:30, 11:30, 14:30, 15:30 e 16:30. Para mais informações, escreva para visitasmurganheira@gmail.com ou ligue o 254 670 185.

Conhecer as ruínas da Abadia Velha

Ruínas da abadia velha Ucanha
Ruínas da Abadia Velha, Ucanha ©Filipe Morato Gomes

Junto ao hotel Douro Cister, nos arrabaldes de Ucanha, existem vestígios de uma construção monumental que, à primeira vista, não têm qualquer interesse.

Acontece que aquelas ruínas são as chamadas ruínas românicas da Abadia Velha, que correspondem à primitiva fundação do Mosteiro de Salzedas.

Nas palavras da Direção-Geral do Património Cultural, “o território foi constituído como couto mas, em 1164, o bispado de Lamego renunciou aos direitos que detinha sobre a propriedade. Terá sido a partir desta data (ou já mais perto do final do século) que se optou por abandonar as instalações começadas a construir uma década antes, em benefício de um projeto arquitetónico de maior fôlego, que acabou por dar origem ao atual Mosteiro de Salzedas”.

Em suma, mesmo não sendo um local visualmente espetacular, vale pela importância histórica. Até porque ainda há na aldeia de Ucanha quem tenha trabalhado na construção dessas fundações.

Note que as ruínas da Abadia Velha ficam em terrenos pertencentes ao hotel Douro Cister.

Visitar o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas

O que fazer na Ucanha: visitar Mosteiro de Santa Maria de Salzedas
Nave central da igreja de Salzedas, no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas ©Filipe Morato Gomes

Localizado na vizinha aldeia vinhateira de Salzedas, o Mosteiro de Santa Maria é um complexo monástico masculino da Ordem de Cister que atualmente integra a Rede de Monumentos do Vale do Varosa. É um dos monumentos mais visitados da região do Douro e Varosa.

Contando no seu espólio com trabalhos de alguns dos maiores nomes da pintura em Portugal, como Vasco Fernandes (Grão Vasco), Bento Coelho da Silveira ou Pascoal Parente, com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal em 1834, a igreja foi convertida em igreja paroquial e parte das dependências monásticas vendidas a privados. Classificado Monumento Nacional em 1997, em 2002, ao abrigo de protocolo com a Diocese de Lamego, o Estado Português iniciou o progressivo restauro dos edifícios e espólio.

in Direção Regional de Cultura do Norte

A título de curiosidade, indico que fazem parte da Rede de Monumentos do Vale do Varosa apenas cinco monumentos. A saber: a Ponte Fortificada de Ucanha; a Capela de São Pedro de Balsemão e o Convento de Santo António de Ferreirim (ambos no concelho de Lamego); e os mosteiros de Santa Maria de Salzedas e de São João de Tarouca.

Fica a sugestão, até porque as aldeias de Salzedas e Ucanha distam apenas 3 km uma da outra.

O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas está aberto de terça-feira a domingo. Às terças o horário é das 14h00 às 18h00, enquanto que de quarta a domingo o mosteiro abre ao público das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. A entrada tem um custo de 3€ por pessoa. Note que é possível agendar visitas guiadas ao mosteiro através do e-mail valedovarosa.visitar@culturanorte.gov.pt.

Conhecer o Convento de Santo António de Ferreirim

Convento de Santo António de Ferreirim
Torre do Convento de Santo António de Ferreirim ©Filipe Morato Gomes

Porventura menos visitado do que os mosteiros da região, o Convento de Santo António de Ferreirim integra, como referido, a lista de monumentos do projeto Vale do Varosa.

Da sua traça manuelina sobrevive o pórtico da igreja, e no que diz respeito ao seu espólio “destacam-se as oito tábuas pintadas em 1533-1534 pelos denominados ‘Mestres de Ferreirim'”. Fica a sugestão, caso lhe sobre tempo na visita a Ucanha.

Visitar o Mosteiro de São João de Tarouca

Mosteiro de São João de Tarouca
Vista exterior do Mosteiro de São João de Tarouca ©Filipe Morato Gomes

Tido como o “primeiro mosteiro masculino cisterciense edificado em território português”, o Mosteiro de São João de Tarouca era uma construção imponente recentemente requalificada. Infelizmente, resta pouco mais do que a igreja.

O ano de 1834 viria a ditar a sucessiva decadência do edificado, consequência direta do decreto da extinção das Ordens Religiosas. A igreja foi convertida em igreja paroquial e as dependências monásticas foram vendidas em hasta pública e os seus edifícios explorados como pedreira até ao início do século XX.

in site oficial do projeto Vale do Varosa

“Na Casa da Tulha, antigo celeiro monástico, o visitante pode ver a reconstituição tridimensional do Mosteiro, sendo este o espaço que acolhe o centro interpretativo do sítio”. 

O Mosteiro de São João de Tarouca está aberto de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. A entrada tem um custo de 3€ por pessoa. Note que é possível agendar visitas guiadas ao mosteiro através do e-mail valedovarosa.visitar@culturanorte.gov.pt.

Dar um mergulho na praia fluvial de Ucanha

Praia fluvial de Ucanha
Praia fluvial de Ucanha ©Filipe Morato Gomes

Manda a verdade dizer que, por estarmos ainda no início da primavera quando visitei Ucanha, não mergulhei nas águas do rio Varosa. Mas dizem os habitantes locais que, durante o verão, a praia fluvial é um dos locais mais procurados das redondezas.

Fica, pois, a referência neste artigo sobre o que fazer em Ucanha, caso visite a aldeia vinhateira em tempo de calor.

Provar milhos no pote

Milhos no Pote, Tasquinha do Matias, Ucanha
Preparação dos tradicionais Milhos no Pote na Tasquinha do Matias, Ucanha ©Filipe Morato Gomes

Com persistência e dedicação, Filomena Matias conseguiu colocar os seus Milhos no Pote no mapa gastronómico do Vale do Varosa. Feito com milho, couves e carnes diversas e cozinhado num tradicional pote de ferro, o prato é original e absolutamente delicioso – tal como tudo o que provei no restaurante Tasquinha do Matias.

Não tenho por isso qualquer dúvida em afirmar que provar Milhos no Pote é das melhores coisas que pode fazer em Ucanha. O palato agradece.

Conhecer os produtos regionais na Enoteca Tasquinha do Matias

Loja Enoteca Tasquinha do Matias
Enoteca Tasquinha do Matias, em Ucanha ©Filipe Morato Gomes

Em frente ao restaurante, Filomena Matias abriu recentemente uma loja onde maioritariamente se vendem produtos regionais. São disso exemplo as bagas de sabugueiro, sabões feitos à mão, vinhos e licores da região, doces e muitos outros produtos gastronómicos.

Tudo somado, vale a pena a visitar a Enoteca Tasquinha do Matias e, quem sabe, contribuir para a vitalidade da economia local.

Gastronomia e onde comer

Penso ser unânime a afirmação de que a Tasquinha do Matias é o melhor restaurante de Ucanha. Dos pratos do dia ao afamado prato Milhos no Pote, passando pelas sobremesas caseiras, tudo o que provei estava absolutamente divinal. É, por isso, um lugar fundamental onde comer em Ucanha para provar a gastronomia regional.

Alternativamente, experimente também o restaurante Casa da Eira, igualmente localizado na aldeia de Ucanha; ou ainda o restaurante Fonte do Povo, de quem dizem maravilhas, a pouco mais de 3 km da ponte de Ucanha.

Por fim, caso prefira jantar em Tarouca, posso dizer que fiz uma refeição no restaurante Lumik e gostei bastante (bom e barato). Fica a 5 km de Ucanha.

Onde ficar em Ucanha

Há, em Ucanha, um par de casas de alojamento local de grande qualidade, que permitem pernoitar no centro da aldeia – ou muito perto. Entre elas, a excelente Casa da Botica, recentemente recuperada e onde fiquei hospedado.

Dito isto, ficará muito bem instalado na Quinta da Vinha Morta, um belíssimo turismo rural na vizinha Gouviães; ou ainda nas várias casas do projeto Cascata do Varosa.

Por fim, caso prefira o ambiente de hotel, o Douro Cister é provavelmente a maior referência hoteleira da região. Fica a 2 km do centro da aldeia, junto às ruínas da Abadia Velha, tem piscina, vista para o rio Varosa e boas referências por parte dos hóspedes.

Seja como for, pesquise alojamento em Ucanha (e proximidades) usando o link abaixo, tendo o cuidado de reservar com a máxima antecedência possível.

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Quantos dias dormir na aldeia

Depende, obviamente, do objetivo da visita. Como turista, um dia dá para ficar com uma excelente ideia da aldeia de Ucanha, visitar a torre e as caves da Murganheira e fazer um ou outro passeio nas redondezas.

Mas, na minha opinião, para vivenciar um pouco melhor a vida na aldeia, conhecer os seus habitantes e explorar o concelho de Tarouca convém, naturalmente, delongar-se um pouco mais – um fim de semana completo, por exemplo. Assim, recomendo vivamente que pernoite em Ucanha ou na vizinha Salzedas, passando pelo menos dois dias na região.

Seguro de viagem

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Mais sobre Ucanha

Vista da aldeia de Ucanha, Tarouca

Ucanha, a aldeia do vale encantado

Em Ucanha, todas as ruas vão dar à ponte. Aliás, a ponte, com a sua inesperada torre fortificada, moldou a disposição geográfica da aldeia. Todo o vale do rio Varosa é uma espécie de Vale Encantado – chamam-lhe assim desde que os monges de Cister ali se instalaram. Dos monges ficaram os milhos no pote; do Marquês de Pombal ficaram as árvores de sabugueiro. Dos dias de hoje fica o orgulho dos habitantes na aldeia que continua a parecer saída de um conto de fadas.

Ler artigo Ucanha, a aldeia do vale encantado

Flávio Veloso, guia turístico em Ucanha

Flávio Veloso, o guardião da torre

Tirou o curso profissional de Turismo por acaso, sem sonhar que um dia poderia ter a chave da torre de Ucanha e ser guia num dos mais importantes monumentos da aldeia. Mas assim é há já seis anos. Com 28 anos de vida, Flavio diz que há muito na aldeia que possa agradar a um jovem como ele.

Ler artigo Flávio Veloso, o guardião da torre

Marta Lourenço, Enóloga

Marta Lourenço, a enóloga

Nasceu numa aldeia de Arganil e queria aprender a ser terapeuta de crianças em Alcoitão. Mas “quis o destino” que fosse parar a Engenharia Agroalimentar e a um estágio na Murganheira. Hoje, com 44 anos, dois filhos e uma paixão pelo Crossfit e pelo BTT, é a enóloga responsável pelos três milhões e meio de garrafas de espumante produzidas anualmente na Murganheira e na Raposeira.

Ler artigo Marta Lourenço, a enóloga

Filomena Matias, Tasquinha do Matias

Filomena Matias, a cozinheira

Saiu de Ucanha tinha menos de dois anos, viveu em Lisboa, foi emigrante na Suíça. Quis regressar à aldeia dos avós há 17 anos, e decidiu que havia de (re)criar um prato que justificasse uma romaria. E conseguiu. Na Tasquinha do Matias, os milhos no pote são quase tão conhecidos quanto a Ponte Fortificada de Ucanha.

Ler artigo Filomena Matias, a cozinheira

Luísa Gouveia, a produtora de sabugueiro

Foi durante 38 anos auxiliar na escola primária da aldeia. Mas, depois de se reformar, ficou com mais tempo para se dedicar a uma das atividades que mais gosta: andar no campo, e ver as culturas a crescer. O seu momento do ano preferido é a primavera.

Ler artigo Luísa Gouveia, a produtora de sabugueiro

Por Filipe Morato Gomes 16/12/2024
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